Sistema Reprodutor Feminino

 

                                             

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Sistema  reprodutor feminino  

Tatiane Sanches,  Isadora de Lourdes Signorini Souza, Ruth Janice Guse Schadeck. 

 

Por que você deve conhecer o aparelho reprodutor feminino?

O conhecimento sobre a reprodução humana é essencial para que cada um possa tomar as decisões mais adequadas sobre o seu corpo, em um dado momento da vida,  nas questões que se referem a sexualidade e prevenção de gravidez. Pensando nisso, elaboramos uma animação sobre o sistema reprodutor feminino na qual você pode navegar de forma interativa e um texto didático referente ao mesmo.

 

minação interativa sobre o sistema reprodutor feminino. Apresentado de forma integrada aborda também gestação métodos contraceptivos. Clique na imagem para acessar a página.

A animação interativa sobre o sistema reprodutor feminino. Apresentado de forma integrada aborda também gestação métodos contraceptivos. Clique na imagem para acessar a página.

Anatomia externa do sistema reprodutor feminino 

O aparelho reprodutor feminino é formado, externamente, pelos seguintes elementos:

Pelos pubianos – Recobrem a púbis em sua parte externa e protegem a vagina. Esta é uma das características secundárias, que surgem no início da adolescência, devido a elevação nas taxas dos hormônios sexuais.

Grandes lábios – Pregas da pele composta por gordura que tem como função a proteção do orifício da vagina e possuem muitas glândulas sudoríparas e sebáceas.

Pequenos lábios – Estão logo abaixo dos grandes lábios. São pregas mucosas que se constituem de tecido conjuntivo, com terminações nervosas e vasos sanguíneos.

Clitóris – Localiza-se entre as pregas dos pequenos lábios, é um órgão erétil e possui a função sensorial. É repleto de vasos sanguíneos e nervos sensitivos.

Orifício da vagina – Está no vestíbulo, que é o local entre os pequenos lábios. Recebe secreções de glândulas. O orifício da vagina é obstruído por uma membrana fibrosa chamada hímen, que geralmente é rompida na primeira relação sexual.

Orifício da uretra – Esse orifício esta presente no vestíbulo, é por onde sai a urina, porém não faz parte desse sistema e sim do sistema excretor.

Anatomia interna do sistema reprodutor feminino 

Internamente o aparelho reprodutor feminino é formado por:

Vagina – É uma estrutura tubulosa muscular que liga o colo do útero a genitália externa. Possui secreções que vão lubrificar essa estrutura a fim de proteger seu revestimento do atrito causado na relação sexual. É pela vagina que acontece a saída do bebê do útero no parto normal e também a saída da menstruação quando o endométrio se solta.

Útero – Consiste em um órgão muscular que abriga o embrião durante a gravidez. O útero possui internamente uma camada tecidual ricamente vascularizada, denominada endométrio, a qual é revestido na face da cavidade uterina por células epiteliais. A cada ciclo

Tubas uterinas – são órgãos tubulares que se estendem desde a região do ovário até o útero. No epitélio de revestimento interno das tubas uterinas encontram-se células que apresentam cílios que se movimentam deslocando o gameta feminino em direção ao útero.

Acesse AQUI e veja os cílios se movimentando!

Você sabia que algumas vezes o embrião não se implanta no útero? Esse evento é chamado de implantação ectópica e é anormal. Geralmente essa implantação ectópica ocorre nas tubas uterinas e pode ser causado por diversos fatores que podem retardar ou impedir o trajeto do embrião ate o útero.

Ovários – São órgãos que se localizam na extremidade da tuba uterina e que possuem a função de produzir os ovócitos. Apresentam uma região cortical na qual se localizam os folículos (agrupamentos de células nas quais se localizam os ovócitos) rodeados de tecido conjuntivo e uma região central (medula), altamente vascularizada. O ovário também produz hormônios femininos cuja natureza e níveis variam de acordo com o ciclo ovariano.

Acesse AQUI p uma animação 3D sobre os órgãos internos do sistema reprodutor feminino.

Ao passar o mouse sobre o nome da estrutura ela é evidenciada mudando de tonalidade.  A animação pode ser rotacionada, permitindo ter uma ideia de sua conformação dimensional dentro do corpo.

 

Animação interativa . Clique na imagem para acessar a animação.

Animação interativa .
Clique na imagem para acessar a animação.

A ovulogênese ou ovogenêsene, que é o evento onde há a formação dos gametas femininos ocorre nos ovários.

ACESSE AQUI UMA ANIMAÇÃO DA OVOGENÊSE.

A formação dos ovócitos inicia-se ainda na vida intra-uterina. Células germinativas primordiais originam as ovogônias que se proliferam intensamente, através de mitose, portanto as células continuam 2n, denominadas as ovogônias.  Na sequência as ovogônias começam a sua divisão meiótica, a qual estaciona durante uma etapa da prófase I. Portanto, a meiose não está completa nesta fase. O citoplasma fica mais volumoso e a célula é chamada de ovócito I (ovócito primário). Antes do sétimo mês a maior parte das ovogônias se transformou em ovócito primário. No início da puberdade os ovários contêm aproximadamente 300.000 ovócitos. E em cada ciclo ovariano vários deles iniciam a maturação, mas geralmente somente um chega até o final formando o ovócito II (ovócito secundário). O ovócito II sofre meiose resultando em duas células, uma delas é menor, denominada  de corpúsculo polar, e outra é maior denominada de ovócito secundário. Este, por sua vez, sofre mais uma meiose quando fecundado e então passa a ser denominado óvulo. PORTANTO, A MEIOSE II SO ACONTECE APÓS A FECUNDAÇÃO.

Folículos ovarianos

 Os ovócitos são envolvidos por uma ou mais camadas de células formando o folículo. Os folículos primordiais são formados na vida intra-uterina e contém o ovócito I. A cada ciclo ovariano, concomitante com as divisões celulares descrita anteriormente, as células do folículo que envolvem os ovócitos sofrem modificações e se reorientam  de maneira a culminar na última etapa na qual o ovócito fica em uma orientação em relação a superfície do ovário que facilita a sua liberação. Da mesma forma, o folículo cresce durante estes eventos e atinge um tamanho de 2,5cm, fazendo saliência na superfície do ovário culminando com a sua liberação em um processo chamado de ovulação.

O ovócito é uma célula bem maior que o espermatozoide. O gameta feminino é transportado da tuba uterina até o útero, pelo movimento dos cílios do epitélio de revestimento interno da tuba uterina. Outra característica do gameta feminino é o fato de apresentarem o vitelo, que consiste em uma substância presente em seu interior que vai nutrir o embrião.

Você sabia? Só é chamado de óvulo depois que há a fecundação, antes disso o correto é dizer ovócito.

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma desordem endócrina muito comum que atinge de 5% a 10% das mulheres em idade fértil.  Você sabe no que consiste este quadro?  Se quiser saber um pouco dessa doença acesse clicando AQUI.

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 Fecundação

A fecundação é o evento que ocorre quando há o encontro entre o gameta masculino com o feminino. Para que isso ocorra, os espermatozoides são atraídos pelo ovócito II. Esse evento ocorre na tuba uterina. Apenas um espermatozoide consegue penetrar o ovócito e para isso o gameta masculino secreta uma substância capaz de perfurar a camada externa do ovócito. O núcleo é então liberado para que possa se fundir com o núcleo do ovócito, este então é denominado zigoto. Na seqüência, sofre sucessivas divisões, também conhecidas como clivagem. Durante essa clivagem, o embrião é empurrado para o útero através dos cílios presentes na parte interna da tuba uterina e também por contrações realizadas pela musculatura da tuba.


Acesse AQUI  e veja o processo desde a fecundação até as primeiras clivagens! 

Gravidez

A gravidez geralmente ocorre através do ato sexual. Na ejaculação são  liberado os espermatozoides. Quando  a mulher estiver em seu período fértil, poderá ocorrer a fecundação e, posteriormente, a implantação do embrião no útero, processo esse denominado nidação. Veja logo abaixo uma imagem demonstrando esse evento.

Da ovulação a nidação

Antes da gestação – Para que haja uma gravidez antes é necessário haver a fecundação. A ovulação acontece aproximadamente na metade do ciclo menstrual. Se neste período acontecer o ato sexual sem prevenção, um dos espermatozoides liberados pelo homem pode fecundar o ovócito liberado pela mulher.

Após o ato sexual os espermatozoides liberados vão ao encontro do ovócito que está na tuba uterina. Quando há o encontro, apenas um espermatozoide irá penetrar no ovócito, esse evento é a fecundação. Posteriormente a fecundação, o embrião sofrerá clivagens e então se implantará no útero, processo esse denominado nidação.

  • 1ª Semana – A célula fecundada começa a se dividir, um processo denominado de clivagem, formando o blastocisto (blástula) que se implanta na parede do útero cerca de uma semana depois. Isso caracteriza a 1ª semana do desenvolvimento humano.

  • Primeiro mês – A fecundação representa o primeiro dia da gestação e o início do desenvolvimento embrionário. Durante o primeiro mês, que vai do 1° dia ao 28° dia, muitos processos fisiológicos e mudanças morfológicas ocorrem no embrião.

  • Segundo mês – No segundo mês de gestação, mudanças significativas ocorrem no embrião. O encéfalo se desenvolve rapidamente resultando em grande crescimento da cabeça, os olhos se abrem, pode haver movimentos espontâneos e, no fim da 8ª semana , ele já apresenta forma humana nítida, sendo que os dedos já estão formados e a cauda desaparece.

  • Terceiro mês – A partir do terceiro mês, que vai da 9ª a  12ª semana  , o novo indivíduo passa a ser chamado de feto  que continua a se desenvolver. O período fetal que irá até a 38ª semana, quando costuma ocorrer o parto, se caracteriza por um rápido crescimento. Ocorre também uma maior diferenciação das estruturas que começaram a se formar no período embrionário. Na 9ª semana, os rins do feto, até então provisórios, são substituídos por rins definitivos.

  • Quarto mês – No 4° mês de gestação que vai da 13ª a 16ª semana, algumas poucas mudanças evidentes acontecem, como por exemplo, os ouvidos externos já estão quase em sua posição definitiva. Os movimentos do embrião se tornam mais coordenados, porem raramente são sentidos pela mãe. E devido ao crescimento do corpo a cabeça assume tamanho  mais proporcional.

  • Quinto mês – No 5° mês que vai da 17ª a 20ª semana, o crescimento do feto é mais lento que nas fases anteriores. Os movimentos fetais começam a ser percebidos pela mãe. Sua pele é muito fina e na 18ª semana ele se encontra coberto por pelos denominados lanugo. O tecido adiposo marrom é produzido em grande quantidade para aquecê-lo.

  • Sexto mês – No 6° mês que vai da 21ª a 25ª semana, o feto continua crescendo, principalmente em comprimento, havendo um significativo ganho de peso. A partir da 22ª semana o feto já se torna viável, ou seja, já é capaz de sobreviver caso nasça nesse período, embora exija cuidados extremos (geralmente em UTI neonatal).

  • Sétimo mês – No 7º mês que vai da 26ª a 29ª semana, mudanças significativas ocorrem. O feto nasce prematuro (a partir da 26ª semana) já é capaz de sobreviver sem muitas complicações. Pois entre outras coisas, os pulmões já tem capacidade de realizar trocas gasosas, embora a quantidade de surfactante produzido pelo feto ainda seja insuficiente, precisando ser induzida por medicamentos. O sistema nervoso já é capaz de controlar funções respiratórias e a manutenção da temperatura corpórea.

  • Oitavo mês – No 8° mês de gestação, que vai da 30ª a 34ª semana, o corpo, incluindo braços e pernas adquirem aspectos mais arredondados.

  • Nono mês – No 9° mês de gestação, que vai da 35ª a 38ª semana, poucas mudanças ocorrem, porém o feto ganha gordura, orientam-se espontaneamente à luz e seguram com firmeza, evidenciando o desenvolvimento dos sistemas nervoso, sensorial e muscular.

Vamos ver um vídeo da fecundação até o nascimento? Acesse clicando  AQUI

Doenças sexualmente transmissíveis

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são aquelas que o indivíduo adquire através do contato sexual, seja ele oral, anal ou vaginal. Elas afetam o sujeito de diversas maneiras, então quando suspeitar que pode estar contaminado deve-se procurar o profissional da área médica para que sejam realizados os exames necessários.

Para saber mais sobre as DSTs acesse AQUI.

Métodos contraceptivos

Contracepção trata-se da prevenção da gravidez e para isso existem os mais variados métodos. Mas atenção, para fazer o uso de qualquer método contraceptivo deve-se procurar a orientação de seu médico que saberá qual o melhor método para você. Os postos de saúde estão preparados para dar a você a assistência e orientação necessária! Cuide bem de sua saúde!!